sábado, 1 de setembro de 2012

Eleições à vista!

Palavras da minha prima Lenise Reis:

"É ano de eleição. É ano daquele papo clichê de que "o seu voto pode mudar a sua cidade". É ano de promessas, pedidos, compras e vendas. É ano de tomar vergonha na cara e pensar mais antes de fazer merda.

E sim, é muito verdade de que o seu voto faz diferença, que você pode mudar sua cidade, que votar nulo é burrice e se abster é pior ainda. Nem todo candidato é igual, e, pra mim, quem diz isso é também quem diz que mulher/homem é tudo igual, mesmo sem ter provado cada um. Aconselho: NÃO VOTEM POR CABRESTO. Não é porque seu amigo, seus parentes ou mesmo eu votarei em alguém que você deve seguir essa opinião sem avaliar e refletir sobre ela; ainda mais hoje em dia, que todo mundo tem facebook e twitter, fica tudo tão fácil pra estudar seu candidato! Ele tem conta em alguma mídia social? Adicione-o. Veja suas propostas, aliás, veja se ele tem propostas. Não acredite em candidatos, principalmente vereadores, que dizem "eu construí escola tal", ou "eu pavimentei tal rua". Isso não é função de vereador. Afinal, eles fazem leis ou são serventes de pedreiro? E, se alguém vier dizendo "vote em mim e eu ponho seus filhos na creche" ou "vote em mim que eu dou uma cadeira de rodas pra fulano", imagine um headshot e ignore-o. A compra de votos não é só com dinheiro. Cargos, cestas, favores, benefícios também são formas de comprar seu voto, pequeno padawan.

Sei muito bem que, no meu facebook, pouquíssimas pessoas precisam ler este tipo de coisa. Mas conhecimento retido não é conhecimento. Se você sabe de tudo isso e não tenta "conscientizar" ninguém, é pior que não saber. Afinal, não é criminoso só quem mata, mas também quem omite socorro. 

Mais uma vez, peço encarecidamente: conheça seu candidato. Saiba de seu passado, não só político. Saiba de suas alianças políticas anteriores ao período eleitoral. Se der, converse pessoalmente com ele. Se não der, vigie-o. E vigie-se também, não se deixe levar. E, se analisando, pesquisando e se inteirando sobre as candidaturas, ainda assim você não souber em quem votar, converse, debata, discuta. Ser prefeito ou vereador é mais que receber auxílio paletó. Ser eleitor é mais que ser votante. Ser cidadão é mais que utilizar dos bens públicos. E ser ético nunca será ser abstêmio."
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Pessoalmente, eu, Victor Coelho, não acredito que vivemos numa democracia, e não acho, de verdade, que nosso voto realmente faça A diferença, mas ainda é considerado como nossa principal ferramenta de mudança. Acredito que essa mudança viria com uma revolução, baseada na educação e conscientização, mas votar é o melhor que podemos fazer, por hora. Então, que o façamos com sabedoria.

sábado, 25 de agosto de 2012

Julgamento do Mensalão


Meu amigo Alessandro Fonseca publicou no perfil dele do Facebook este texto, com o qual concordo praticamente 100%. Gostaria de compartilhar com todos.


Meus caros... O problema deste julgamento do mensalão que vem trazendo muitas manifestações nesta rede social é bem simples... Mas a discussão nunca se aprofunda. Este caso é condenável, não pela acusação que lhe fazem, mas precisamente por apontar as falhas colossais em nosso modelo político. Mensalão pode não ser provado e talvez nem tenha realmente acontecido como a mídia o julga e condena, erroneamente, pois ainda não há nenhuma prova! Mas mesmo que haja, ou houvesse, vem à superfície um ato muito mais denso: o caixa 2. E isso, meus caros, todos praticam. Querem julgar o mensalão? Querem julgar o PT(o qual, fique claro, repudio)? Que julguem também os eventos da era FHC e Eduardo Azeredo em Minas Gerais. Ambos tem basicamente a mesma estrutura do dito 'mensalão do pt'. Querem acabar com essa pouca vergonha? Não adianta protestar contra corrupção. Ela é INERENTE AO SISTEMA. O protesto não é contra a corrupção em si mas contra o sistema que naturalmente a promove. Reforma política já! Chega de superficialismos condenatórios estúpidos nesse facebook!

"O ovo chocado no ventre da serpente é resumido assim pelo jornalista e escritor Bernardo Kuscinski: "Agora para condenar não é preciso provar a acusação; basta fazê-la".

Nesta 5ª feira, o ministro Ricardo Lewandowski afrontou os que pretendem submeter o país a esse rito em marcha batida.

O revisor do chamado processo do 'mensalão' desmontou os argumentos de Gurgel e Barbosa e inocentou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) das acusações de corrupção e desvio de dinheiro público.

Ainda há juízes em Brasília? Lewandowski diz que sim. Ele se pautou pelas provas e pelas evidências, não pelo jogral midiático. "

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=6&post_id=1067

Nota de esclarecimento

Não que seja necessário, mas acho que não custa reforçar o óbvio.

A existência deste blog veio de um bate-papo entre minha amiga Karine Libanhia e eu. A iniciativa surgiu porque concordamos em muitas coisas e gostaríamos de compartilhar algumas de nossas opiniões e impressões sobre assuntos importantes para nossa sociedade, e levantar alguns debates interessantes. Porém, somos pessoas diferentes, que tem o direito de pensar diferente sobre qualquer assunto. Portanto, deixo claro aqui que o que cada um de nós posta não é responsabilidade de ambos. Minhas palavras representam a minha opinião, e são apenas de minha responsabilidade, e não de ambos. E vice-versa. Melhor esclarecer antes que isso se torne um problema.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vote.


O tribunal eleitoral fala de "nulidade de voto", que é quado eles (o tribunal) anulam os votos por causa de fraudes. Caso mais de 50% dos votos forem anulados por fraude , a eleição é cancelada. Agora, o voto nulo não muda nada.
Uma pessoa pode ser eleita com apenas um voto (caso todos os outros votos sejam brancos ou nulos). Se não acredita, pesquise mais sobre isso. São considerados apenas os votos válidos para as apurações. Se você votou em branco ou anulou seu voto, você não protestou, não mostrou sua indignação, não mostrou que está insatisfeito, não ajudou a desmascarar nenhum esquema, não fez nada. Simplesmente foi um a menos na contagem dos votos. Se realmente acha que nenhuma das opções são boas, seja você a boa opção.


O argumento de que não existe nenhum bom candidato também não é bom. Primeiramente falando do legislativo, existem centenas de candidatos. Um deles, certamente, é diferente dos demais. Ainda que não seja exatamente bom, mas melhor do que as opções. Não vão naquela onda de senso comum de que "político é tudo igual". É por esse tipo de pensamento que as mesmas figuras continuam no poder, e mantem o status quo. Somos nós que temos que promover a mudança. O voto é, no momento, a mais viável ferramenta de promover essa mudança. Procure um bom candidato, é sua obrigação, legal e moral. Quanto ao executivo, são muito menos opções, mas ainda assim, entre quem quer arrancar seu braço e quem quer arrancar sua perna, decida qual dos dois seria pior, porque se não o fizer, escolherão por você. À menos que você queira derrubar o sistema como um todo, mas aí é outra história. E um voto nulo não vai ajudar em nada nesse objetivo, então, esqueça: Dentro do atual sistema, o voto é sua única forma de ajudar a mudar alguma coisa. Use com sabedoria.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma imagem fala mais que mil palavras - II

Dessa parte ninguém fala na hora de se alistar... mas esses são os destinos mais comuns dos veteranos de guerra.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Uma imagem fala mais que mil palavras - I

Tudo bem que a imagem contém é um texto mesmo, mas ainda assim, não é preciso que eu complete nada. Essa deve ser uma nova série do blog. Sempre que eu tiver uma imagem auto-explicativa, postarei apenas ela.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Veja ataca novamente

Não é fake. A revista Veja realmente lançou essa capa. Não vou conseguir expressar em palavras todos os sentimentos negativos que sinto ao ver algo assim, e saber que para a grande maioria da população, este é um veículo de informação que goza do mais alto conceito. Ela é formadora de opiniões, e está formando mais uma agora. O que posso dizer, enquanto me controlo, é que este tipo de episódio me faz ter cada vez mais convicção da minha opinião de que a imprensa precisa urgentemente ser fiscalizada. A imprensa é o único órgão no Brasil que não é fiscalizada pelo governo, e isso é incalculavelmente perigoso e danoso para a sociedade. Não podemos nos calar diante deste caso, e desta realidade.
Claro, haverá quem diga, sem razão, que isto é censura. Digo sem razão porque isto não é censura, é criar responsabilidade. Onde não há controle, e há uma população com educação muito defasada, há espaço para leviandade, e isto é a especialidade do PiG. É vergonhoso, mas é a realidade, que precisa ser denunciada e combatida.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Corrupção é inaceitável. Todos os tipos dela.









Ok, muitos políticos se enriquecem ilicitamente com dinheiro público. Mas não é porque a imprensa martela isso na nossa cabeça o tempo todo que nós temos que achar que esta é a única corrupção que existe. E tampouco, a mais perigosa. Este texto visa alertar para um das formas de corrupção que, ainda que não tão nociva quanto a citada anteriormente, é muito danosa porque aceitamos ela mais "na brincadeira", e não reclamamos efetivamente: Propaganda enganosa.

Quando você pega esse pote de achocolatado "Alpino", você associa inevitavelmente ao delicioso sabor daquele bombonzinho redondo de embalagem dourada. E quando só se pode ler em fontes pequeninas os dizeres "Este produto não contém chocolate Alpino", muitas pessoas compram achando que tomarão um líquido tão gostoso quanto a imagem sugere. Legalmente falando, eu até acho que a Nestlé se protege da acusação de propaganda enganosa. Mas moralmente, não. Quando ela vende um produto com uma embalagem que te faz pensar que o produto é uma coisa que ele não é, ela está te enganando. E isto é corrupção. É errado.

Quando você compra um sanduíche, um biscoito, um panetone, ou qualquer outra coisa que tenha uma foto do produto na embalagem, as empresas se safam de processos colocando minúsculos dizeres "imagem meramente ilustrativa". Mas moralmente, elas estão te enganando. Principalmente se tratando de alimentos (mas não exclusivamente deles), nós primeiro consumimos o produto com os olhos. Uma vez tentados pela atração e sedução da bela imagem do produto, compramos, abrimos a embalagem, e nos decepcionamos com o que encontramos. Isto é corrupção. É errado.

Quando você compra um Cup Noodles, um Ruffles, um cereal, um sabão em pó, etc, e o produto vem numa embalagem muito maior do que o necessário para a quantidade do produto vendido, as empresas se defendem indicando que a quantidade que a embalagem realmente contém está escrita no rótulo. Legalmente é permitido, mas moralmente, não. Nós somos manipulados e levados inconscientemente a acreditar que estamos comprando uma quantidade maior do que na realidade é. Isso não pode ser defendido pelo argumento de que isso "é uma jogada de marketing", "é pra mexer com o psicológico do consumidor", entre outras falácias. Isso é enganação. É usar de ilusão de ótica, distração, desinformação, e demais limitações humanas para te fazer pagar mais por menos do que a gente acha ou sente que está comprando. Isto é corrupção. É errado.

Quando a Garoto coloca no ar uma propaganda que martela na sua cabeça uma frase dita em tom hipnótico "Compre Baton! Compre Baton!", ou quando a Coca-Cola coloca mensagens subliminares durante a exibição de um filme enviando sugestões ao subconsciente dos espectadores para consumirem seus produtos, ou ainda quando a Axe mostra que quem usa seus produtos tem uma vida sexual mais movimentada, estas empresas estão usando seus sentimentos e sua percepção dos fatos de uma forma distorcida. E isso é muita corrupção. É muito errado. É usar elementos que não temos praticamente nenhuma forma de defesa (exceto talvez por sair da exposição a essas técnicas) para nos forçar a comprar.

Quando a Nissan faz uma campanha publicitária que, em vez de mostrar as vantagens dos seus produtos, prefere exibir os defeitos, problemas e desvantagens dos seus concorrentes, ela está sendo anti-ética, o que é moralmente condenável. É uma forma de concorrência que dá a entender que você deve comprar os carros dela, não porque são melhores que os outros, mas porque os outros são muito ruins, e a Nissan acaba sendo a única opção. Isto é corrupção. É errado.

Enfim, estas e várias outras formas de enganação, mentiras, manipulações e técnicas imorais que são causa de rios de dinheiro tão suados quanto o que é levado em impostos mal utilizados pelos governantes. Mas essas coisas aparentemente não chocam tanto as pessoas, porque não tem matéria de capa na Veja, reportagem gigante no Fantástico, matéria especial no Jornal Nacional, etc, sobre esse tema. Isso é velado, todo mundo sabe, mas ninguém faz nada além de piadas. É muito mais tolerado do que a já vergonhosa corrupção dos governos.

Então, meu apelo é: Diante de propaganda enganosa, DENUNCIE SEM DÓ! As empresas não terão piedade de você na hora de lucrar sobre sua passividade e ignorância.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Guia prático da discussão saudável


Neste texto da Sociedade Racionalista há algo como um código de ética do bom debate. Já tinha um tempo que eu queria fazer um texto assim, e essa foi a motivação que faltava. Então, faço aqui um guia sobre debates, sobre quando vale a pena, como se comportar, e porquê entrar em um debate.

- Primeiramente, não se deve entrar num debate para convencer as pessoas. Essa é uma atitude de mentes pequenas. Entramos num debate para trocar informações e opiniões. Convencer a outra parte do seu ponto de vista pode ser uma consequência, mas não um objetivo. Quem entra numa discussão para convencer a outra parte, já entra com a cabeça fechada para ser convencida. O que por si só transforma o debate num bate-boca inútil;
- Num bom debate, se discutem idéias, não pessoas. Deixem os egos de lado, e atenham-se as informações trocadas. Quando se começam a usar pessoalidades (do tipo "eu trabalho com isso", "eu me graduei nesse assunto", "você é de outro ramo, como pode querer discutir isso comigo que sou da área", entre outras falácias e besteiras do tipo), é hora de repensar o que te faz debater;
- Não importa o quão estapafúrdias as idéias que lhe foram apresentadas possam soar, você deve respeitar as idéias até apresentar argumentos que as derrubem. Da mesma forma, abandone as idéias que já foram derrubadas. Não importa se aquilo era uma verdade incontestável pra você desde sua mais tenra infância, se a razão lhe mostrou que você estava errado, reconheça os fatos. Isso não te diminui, não te ofende e nem te humilha, mas te torna mais sábio;
- Suas idéias estão sendo debatidas. Então, aproveite a oportunidade de testá-las, expondo-as ao risco de serem desmentidas. Não se apegue a elas, elas podem apanhar e morrer, ou podem bater e vencer. Mas não trapaceie. Não invente informações só para fortalecer seu ponto de vista;
- Todos os lados do debate podem discordar de muita coisa, mas todo debate deve começar partindo do ponto de convergência. As premissas devem ser aceitas. Por exemplo, é inútil discutir "Quem foi o maior jogador de todos os tempos, Pelé ou Maradona?" se uma das partes acha que na verdade o melhor foi Crüijff. Ou discutir sobre como acabar com a fome na África se um dos lados não reconhece que há fome na África. Nestes casos, mude a discussão para, por exemplo: "Existe fome na África?". E somente após haver um consenso (supondo que agora os dois lados concordam que há fome na África), é que se deve discutir como acabar com ela;
- Seja objetivo. Usar rodeios e verborragia para fazer seu argumento parecer mais bem elaborado do que realmente é é uma das formas de trapacear no debate, mesmo quando não é intencional. Então evite apresentar informações que não sejam realmente necessárias para respaldar seu argumento;
- É você quem está debatendo, não quem concorda com você. Dizer que você está certo porque Fulano também disse isso não prova nada, já que Fulano também poderia estar errado. Aristóteles já acreditou que  uma pedra de 10kg cairia no chão bem antes de uma de 100g. Galileu provou que ele estava errado séculos depois. Quero dizer com isso que toda idéia pode ser derrubada se tiver bons argumentos que sustentem a nova tese, não importa quem defendia a idéia anterior;
- Já que citei Galileu, creio que sua maior contribuição para a humanidade seja a sistematização do método científico, que consiste em pegar uma tese e testá-la para verificar sua consistência. O debate é a experiência das idéias. Então, nada melhor do que expor sua idéia para aqueles que pensam justamente o contrário de você. Se nem eles puderem encontrar falhas no seu raciocínio, sua idéia será considerada correta (até que se prove o contrário - é nisso que consiste o método científico);
- Existe uma técnica de debate conhecida academicamente como reductio ad absurdum, com muitas aplicações, sendo a mais usada delas mais conhecida como reductio ad Hitlerum (recomendo a leitura de ambos artigos)que consiste basicamente de pegar uma idéia e associá-la a algo considerado ruim por todos os lados do debate, para inutilizar a idéia. Exemplos: "Essa sua idéia é a mesa usada pelos nazistas. Você é um nazista!", ou "Isso parece o que aconteceu na ditadura... você é um maldito ditador tirano!", entre outras falácias. Se alguém usar este argumento contra você, só há uma coisa a fazer: 
- Se sua idéia for derrubada, bom pra você, que agora pode aprender algo novo. O debate é proveitoso para  o lado que se mostrou correto, mas muito mais proveitoso para quem estava errado. Nossa sociedade tem o feio hábito de associar o erro ao fracasso, quando na verdade estar errado é ter uma oportunidade de crescimento intelectual. Então, aproveitem essa oportunidade, ao invés de ficar se desesperando para defender um erro como se estivesse defendendo a própria honra e inteligência com isso. Da mesma forma, se comporte adequadamente quando se mostrar certo. Humilhar quem está errado não traz benefício para ninguém, e é contraproducente;
- As únicas ferramentas de um bom debate são argumentos. Alguém com bons argumentos pode te convencer que a Terra é plana se você não tiver informações e argumentos que provem o contrário. Então escolha bem seus argumentos, pois eles podem ser perigosos se mal usados. Então, mantenha-se bem-informado para estar sempre pronto para um bom confronto de pensamentos;
- Lembre-se de todas essas regras, e só discuta com pessoas que também as seguirem. Ninguém precisa de um guia de como se comportar numa discussão, ou pelo menos não deveria precisar. Tudo o que disse aqui está implícito na boa educação, e todos deveriam saber e praticar. Mas humildemente disponibilizo este texto para ser indicado por qualquer um que se envolver numa discussão realmente interessante e não queira abandoná-la porque uma das partes está "quebrando as regras" do bom debate;
- Existem basicamente 3 formas de encerrar de vez um debate: 
  • Uma das partes convenceu a outra através de bons argumentos que não puderam ser refutados;
  • As partes chegaram a pressupostos diferentes, e a discussão não pode continuar;
  • Uma das partes desistiu do debate.
Esteja seguro de que quando a última hipótese acontecer, não seja por culpa sua, pois se for, você não é um bom debatedor. Convencer na base da insistência ou da chatice é uma atitude contraproducente de pessoas chatas. E quando convencer a outra parte, certifique-se de que ela realmente se convenceu, ou simplesmente não aguenta mais ter que enfrentar seu ego defendendo fanaticamente seu ponto de vista.

Enfim, essas são algumas observações que julgo pertinentes para orientar bem qualquer debate, por mais desimportante que seja seu tema. Gostaria muito de receber contribuições de quem venha a ler este texto, dizendo o que poderia melhorar, o que está errado, etc. É um texto um tanto quanto pretensioso e seria contraditório deixá-lo no ar com algo que pode estar errado.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O brasileiro não é tão diferente assim

Há muito tempo que eu costumo dizer que essa coisa de falar que o mal do Brasil é o brasileiro é besteira de gente manipulada. É bem verdade que se compararmos o brasileiro com os franceses e os argentinos, por exemplo, perdemos feio em relação a reatividade e organização (principalmente organização). Mas isso não faz com que sejamos esse saco de batatas como gostam de dizer por aí. Mas há uma pequena diferença no tratamento dado pelos nossos "jornalistas". Aqui, quando há um setor da sociedade insatisfeito, a mídia logo dá um jeito de tirar a razão dos manifestantes, chamando de vândalos, arruaceiros, criminosos, bandidos, e o que mais pintar na criatividade do editor-chefe da publicação. E é por essas e outras que frequentemente estes setores reclamantes são marginalizados e hostilizados pela sociedade. Vejam as greves, por exemplo, é só começar a greve que a categoria vira um bando de vagabundos preguiçosos reclamando de barriga cheia. Qualquer setor que faz uma passeata já é alvo de "cidadãos de bem" (eu ainda vou fazer um post sobre o terrível "cidadão de bem") reclamando que eles estão atrapalhando o trânsito, que estão prejudicando quem não tem nada a ver com isso, e mais blablablá.

É chover no molhado dizer que a mídia manipula a opinião pública, e disso qualquer um que queira usar a cabeça sabe há muito tempo. Tirar a credibilidade de quem está certo e inocentar quem está errado parece ser o trabalho principal desta categoria de profissionais que se acha tão importante, necessária, e superior as demais (Bóris Casoy que o diga). Mas isso causa uma consequência mais grave: Independente das causas ou categorias defendidas, os manifestantes, diante deste cenário anti-manifestação (num dos mais "democráticos" países do mundo!) se vêem sozinhos e fragilizados, o que prejudica muito a organização e a força que seus respectivos movimentos precisam para prosperar. E sem apoio popular, qualquer causa se torna muito mais árdua de se conquistar. É aí que mora o meu ódio e desprezo pelas grandes mídias, que servem apenas a seus próprios interesses, e a quem serve a seus próprios interesses.

Então, através do maior meio de comunicação verdadeiramente democrático e representativo que a humanidade já conheceu, é que deixo minha sugestão: Boicotem os grandes meios de comunicação privados, como Globo, Veja, UOL, Folha, iG, etc. Na internet, em blogs, redes sociais e portais de notícias independentes, podemos obter informações muito mais completas, podemos compará-las, e nos tornarmos cidadãos muito mais críticos e mais úteis uns para os outros. Então, desconfiem daquilo que lhes é empurrado goela abaixo, verifiquem a consistência de tudo que lhes é dito (o que inclui o que é dito neste blog), e se tornem mais inteligentes. Um mundo melhor depende disso mais do que de qualquer outra coisa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012



O Brasil assumiu recentemente a  6º colocação no ranking dos países mais ricos do mundo, superando o Reino Unido, mas me pergunto: que país tão rico é esse que permanece na 88º colocação na educação mundial numa quantia de 123 países? Que país é esse que não dá condições necessárias de segurança que garanta o ir e o vir da população? Que cidadania é essa que o direito de ter direito é cada vez mais para poucos? Que país é esse “tão desenvolvido” que aparece como um dos mais corruptos do mundo? Que civilização “tão educada” é esta que ainda é necessária campanhas como “jogar lixo no lixo”, “se beber não dirija”? Que país é este onde a tal riqueza é cada vez mais para poucos e onde a desigualdade sócio-econômica é uma das maiores do mundo?
Pois é Renato Russo, hoje eu entendo, que país é este? É a ________ do Brasil.

M. L. Silva

Lucro Brasil

Pode isso, Arnaldo?!

Há alguns dias circula pelo Facebook a campanha "Abaixo Lucro Brasil". A premissa é de que no Brasil nós pagamos mais caro do que em qualquer outro país do mundo por carros que são muito piores do que em qualquer país do mundo. Por exemplo, só por aqui carros 1.0 são padrão. Lá fora normalmente nem existem. O padrão de segurança dos nossos carros estão defasados em 20 anos em relação ao padrão europeu. Aqui, câmbio automático é acessório de luxo, no exterior é padrão. Aqui, Corolla é carro de executivo, lá é popular como o nosso Uno. Aliás, lá fora, esse Toyota custa R$17.900,00, bem menos que um Uno semi-novo por aqui. A carga tributária no Brasil é exorbitante, e nisso não existe absolutamente nenhuma novidade. Trágico mesmo é notar que, pelo menos dessa vez, a culpa não é  do governo. Os impostos compõe 29,7% do valor do veículo. Mas a margem de lucro dos fabricantes é que escandaliza a coisa toda. O exemplo acima é apenas um dos casos. Por exemplo, um Camaro 2SS nos EUA custa, em Reais, R$ 65.243,00, contra R$199.000,00 no Brasil. Já um Volvo S60 lá sai por R$69.687,00, contra R$169.900,00 por aqui. Então, como pode um carro x custar mais que o carro y, e ser vendido por aqui com x sendo mais barato que y? Tem coisa muito errada aí. E o que está errado é o comportamento passivo do consumidor, que lamenta o preço alto, mas paga. Historicamente, em todos os ramos, o brasileiro nunca se mobilizou para usar a melhor arma contra algo que não satisfaz: Boicote. É só parar de comprar carro 0km, que pela lei de oferta e procura, o preço vai ter que cair. E a qualidade vai ter que subir.

A pílula vermelha

Você pode escolher aceitar a verdade, e viver de acordo com ela, ou pode escolher a mentira, a ilusão, a ficção. Sua escolha não muda os fatos, mas diz muito sobre o que você é. Viver na ignorância é lamentável, mas conhecer a verdade sobre as coisas e preferir ignorá-la por ser mais fácil já denuncia muito sobre seu caráter. Diante da verdade, é nossa responsabilidade sair da nossa zona de conforto. Porque a pílula azul leva a uma vida muito mais fácil, mas é uma vida que não existe.

E todos estes conceitos são válidos para tudo na nossa vida. Não importa se você queria saber a verdade. Se você sabe, precisa agir de acordo com tal.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

DEMOcracia

Ano eleitoral, mais uma oportunidade pra fazer a gente acreditar que nosso voto é nossa única ferramenta para mudar algo. Mas... oh, wait! Que bruxaria é essa?! Não temos boas opções! Temos que escolher o menos pior, mas é tão difícil enxergar alguma diferença entre eles... Esse é o jogo do sistema, meus jovens. Não há uma verdadeira possibilidade de mudanças. Se houvesse, o sistema não permitiria. Sempre fui um ferrenho crítico do voto nulo e do "não vote!", mas cada vez mais vejo razão neles... ainda não apoio o voto nulo, é omissão e indiferença ao que está acontecendo. Mas temos que fazer nós mesmos uma opção melhor. É muito confortável falar mal dos que se candidataram, mas, embora normalmente eles tenham motivos e meios muito escusos para estarem onde estão, eles estão lá pra serem nossas opções. E nós, estamos fazendo algo para ser ou para promover uma opção melhor? Tem uma ótima frase do Lula que diz basicamente isso aqui:
Não importa qual seja o seu juízo de valor em relação ao ex-presidente, se você aprova ou repudia, esta frase não tem seu valor alterado por ter sido dita por ele. Então insisto: A mudança começa quando termina a nossa zona de conforto. Comecemos a pensar no que estamos fazendo errado, em quê estamos contribuindo para manter o status quo, e o que podemos e devemos fazer daqui pra frente. E nós vamos ter que escolher um dos caminhos. Se todos levarem ao abatedouro, é nosso dever abrir um caminho para um lugar diferente.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Escondidos na bandeira da sustentabilidade





Essa lei não veio pra ajudar a salvar o planeta, ela veio foi pra gerar economia e fontes de lucro para os donos de grandes redes de supermercado. Retirar as sacolinhas de plástico não é solução pra gente. Solução é a substituição delas. Seja por sacos de papel, de linhagem, de tecido, ou de plástico oxibiodegradável. O que não pode é deixar os supermercados venderem as sacolinhas que pararam de distribuir sob a justificativa de que são poluentes. Enfim, essas imagens complementam meu raciocínio.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Holocausto de verdade é na Palestina!

Hoje é o dia da memória do holocausto judeu. Pessoalmente, depois de muito pesquisar sobre o assunto, acredito que, da forma como nos é narrado, tal genocídio nunca aconteceu. Recomendo a leitura de dois livros de S. E. Castan: "Holocausto judeu ou alemão?" e "Acabou o gás". São bem elucidativos sobre o assunto, com vários casos de contradições e provas contrárias a versão judia.

Mas o que é fato visto todos os dias nos últimos 65 anos, é que tem acontecido um verdadeiro holocausto, mas não judeu, e sim palestino. A faixa de Gaza se tornou a realidade da lenda de Auschwitz. Então, ao invés de lamentar pelas mortes de 6 milhões de judeus (quando só existiam - de acordo com os números oficiais - 800mil judeus em toda a Europa, e a maioria continuou viva após a guerra - estranho...), lamentem os 17 milhões de soviéticos mortos durante a guerra (esses sim, em números oficiais), e principalmente, lamentem os milhões de palestinos que vem sendo massacrados pelo estado sionista-terrorista de Israel desde a sua fundação, legitimados pela lenda urbana dos campos de concentração.

Vale lembrar: Sempre fui e sempre serei um pacifista humanista. Não acho que em nenhum caso a guerra e a morte de quem quer que seja seja justificável, ainda que alegando-se que é pra evitar mais guerras e mortes. Não sou de forma alguma a favor de que haja retaliação por parte da Palestina. Mas o seu povo tem que ser tratado com dignidade, como qualquer outra nação independente no mundo. E a cultura sionista-terrorista de Israel precisa ser extirpada e obliterada da existência. As políticas econômicas, sociais e militares dos judeus sionistas são a síntese do que há de pior mas possibilidades da humanidade. É hediondo que isso seja tolerado, e ainda mais absurdo que seja defendido e legitimado.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Exame de ética

Algumas imagens que eu vier a postar aqui simplesmente dispensam o texto.

Pesquisas influenciam os eleitores?


Eleições à vista! Sempre vale lembrar que se pesquisas determinassem o resultado, seria desnecessário realizar as eleições, e mais desnecessário ainda fazer campanhas. Mas enfim, acredito pessoalmente que as pesquisas deveriam ser feitas apenas pelos partidos, e que fosse crime eleitoral divulgar seus resultados. Perdi a conta de quantas vezes ouvi pessoas falando "eu voto no Derp porque ele tá ganhando mesmo, não vou desperdiçar meu voto". Dá vontade de falar no tempo que os pais desperdiçaram pra gerar, criar e sustentar alguém que pensa assim, mas eu só deixo pra lá. Enfim, eleições municipais chegando esse ano, então, pensar direito dessa vez.